Frágeis Flores

Não chorou; sua alma era das que não têm lágrimas, enquanto lhe restam forças.

III

Desvairadas lembranças, doudas dançam se partindo e se cruzando, em seu caminho nada além do caos restando.
Memórias sombrias, desejos esquecidos, perdidos, cativos, pulsantes eternos na missão de se fazerem vivos.
E as flores? Eternas fortalezas, frágeis como o vidro, pérolas da mente, alimento do espírito, se quebram, se partem se perdem levadas pelo vendaval de emoções como se nunca houvessem existido.
Minha Rosa é a excessão, rubra e imponente, pálida e atraente, azul como o céu do meio-dia, verde como o mar com suas desertas ilhas. Se esconde mostrando, o desejo atiçando, se fecha abrindo, minha vontade aos poucos se esvaindo.
Única, plena, imperfeita, mas para sempre minha eleita. Altiva foge e se esconde, nada muito sério, nunca muito longe, maravilhosa perfeição imperfeita, não há para mim no mundo nenhuma outra assim; mulher, mas eterna garota travessa.

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